Todo pai ou mãe quer o melhor para seu filho, todo professor gostaria de ter uma classe onde todos os alunos aprendessem sem grandes dificuldades. Mas a realidade não é assim, existem pessoas que tem facilidades para algumas coisas e dificuldades em outras. Nem sempre é fácil para o aluno prestar atenção ao que o professor explica em sala de aula, pois muitas vezes o que o professor ensina não interessa, ou pouco interessa ao aluno. Por isso cabe ao professor, buscar uma metodologia de ensino que chame melhor a atenção dos alunos.
Se conseguir a atenção dos alunos que não tem distúrbios já é uma tarefa árdua, agora imagine conseguir a atenção de alunos que tem algum distúrbio no processo de atenção.
Desde muito pequeno, lembro dos meus professores dizerem frases para mim do tipo: “Presta mais atenção menino”, “Vi que você não estava prestando atenção”, “...em que ano mesmo foi que a China deixou de ser comunista? Não sabe? Acabei de falar, você não estava prestando atenção?”. Esta é uma grande preocupação dos professores, manter a atenção dos seus alunos. Muitos professores acreditavam que se o aluno não prestasse atenção era porque ele era indisciplinado. Muitas vezes os professores tinham razão, mas em alguns casos os alunos realmente tinham dificuldade em prestar atenção.
Segundo Ballone, para que a atenção atue são necessários três fatores básicos:
- Fator fisiológico, onde depende de condições neurológicas e também da situação material em que o indivíduo se encontra;
- Fator motivacional: depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse;
- Concentração: depende do grau de solicitação e atuação do estímulo, levando a uma melhor focalização da fonte de estímulo.
Atenção é um processo pelo qual o intelecto seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário responder a todos.
A concentração da mente sobre partes selecionadas do campo da consciência, dando assim aos elementos escolhidos uma peculiar nitidez e clareza. O campo da atenção pode ser dividido em duas partes: o foco da atenção (onde o grau de concentração da atenção é máximo) e a margem da atenção (esta vai diminuindo gradualmente até desaparecer). Relativamente à sua génese, a atenção pode ser involuntária, passiva e espontânea (determinada por estímulos externos) ou voluntária, controlada e dirigida (conduzida pela intenção do sujeito).[1]
Um dos fatores de maior influência no processo da atenção são as condições do estado de ânimo ou de interesse, os quais podem facilitar ou dificultar a Atenção. Portanto, o lado afetivo é de grande importância no processo da atenção, admitindo-se que a pessoa só dirige a atenção aos estímulos que lhe despertam interesse. Nossa Atenção sobre algo é tanto mais intensa quanto mais nos interessa esse algo, quanto mais desejamos conhecê-lo e compreendê-lo, quanto mais isto nos proporcione prazer ou satisfação.
Falamos da atenção como voluntária ou involuntária. A voluntária refere-se a casos onde a pessoa parece ter liberdade na determinação do foco de sua atenção, liberdade em escolher intencionalmente aquilo em que prestar atenção. A Atenção involuntária ou espontânea refere-se a casos em que a pessoa parece menos o agente de escolha da direção de sua atenção. Como por exemplo, quando estou passeando com minha namorada e ao meu lado passa uma linda mulher, eu não quero magoar minha namorada e nem deixá-la furiosa, mas meus olhos com certeza irão olhar esta mulher bonita. Eis um belo exemplo de atenção involuntária, pois eu não queria olhar para a moça bonita, para não deixar minha namorada zangada, mas sem querer sou obrigado a olhar. Alguns determinantes da atenção involuntária estão relacionados ao afeto e sentimento dirigidos para o objeto, como é o caso da pessoa com fome dirigir sua atenção, para a estante de chocolates no supermercado.
O contrário de atenção é distração, que é quando a pessoa não consegue prestar atenção em nada. Pessoas com hiperatividade têm grande dificuldade em conseguir manter a atenção.
CONCLUSÃO
O processo de atenção é mais complexo do que imaginavam os pais e professores de alguns anos atrás. Hoje se conhece várias patologias que dificultam o desenvolvimento do processo de atenção, como a hiperatividade, a deficiência mental, etc.
O grande desafio dos professores é buscar conhecer o que chama a atenção dos alunos e buscar uma metodologia diferenciada. E também buscar conhecer os distúrbios de atenção e lecionar de uma forma que todo aluno tenha vontade de aprender, tenha vontade de prestar atenção.
REFERÊNCIAS
BALLONE, Geraldo José. Atenção e Memória. Disponível em: <www.psiqweb.med.br> Acesso em: 20/07/2007.
Disponível em: <http://www.citi.pt/educacao_final/trab_final_inteligencia_artificial/atencao.html> Acesso em: 22/07/2007
Galera, o aluno tem direito á educação de qualidade e a professores habilitados, mas é bom lembrar que prestar atenção nas aulas é dever do aluno.
Grande abraço
Marcos Paulo
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